A
Amazônia compreende a maior extensão de floresta tropical úmida do planeta, com
área de 6.099.788 km², distribuída nos territórios do Brasil (58,8%), Peru
(13%), Colômbia (7,6%), Venezuela (6,5%), Bolívia (5,5%), Guiana (3,1%),
Suriname (2,5%), Equador (1,6%) e Guiana Francesa (1,4%) (RAISG, 2015). A
região do Brasil inserida na Amazônia continental tem superfície original
estimada em 3.587.052 km², abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas,
Pará, Rondônia e Roraima, sendo definida como zona de ocorrência da Hiléia
(Pandolfo, 1994). Mas, em 1953, a abrangência legal da Amazônia brasileira foi
estabelecida pela Lei nº 1.806, quando foram incorporados também os territórios
dos estados de Tocantins, Mato Grosso e parte do Maranhão (oeste do meridiano 44º)
(Brasil, 2016). O bioma amazônico é constituído por distintos ecossistemas,
porém dois são mais correntes tanto no meio acadêmico quanto para o público em
geral: terra firme e várzea.
Nas várzeas predominam solos considerados normalmente férteis,
pois são inundados periodicamente pela elevação da cota dos rios de água
barrenta, ocorrendo deposição de sedimentos que promovem renovação cíclica de
nutrientes e do próprio solo (Sioli & Soares, 2006). Essas áreas possuem um
regime hidrográfico característico, com alternâncias entre uma fase aquática e
uma fase terrestre ao longo do ano (Junk, 1993). A utilização agrícola do solo
destas áreas é determinada basicamente pelo nível das águas (regime fluvial),
em que, no período de cheia dos rios, a amplitude de inundação varia entre 10 a
15 m acima da cota do nível, com tempo de inundação anual de 50 até 270 dias,
conforme a altura de relevo considerada na planície de inundação (Junk, 1989;
Ferreira, 1997).
O cultivo em canteiros suspensos foram considerados por Noda et al.
(2007) como estratégia de diversificação e ampliação da capacidade produtiva do
sistema de produção de agricultores familiares de várzeas na Amazônia. Pereira
(2007) reforça essa conclusão ao afirmar que, nessas estruturas, as plantas
ficam livres do excesso de umidade no período das chuvas e o cultivo não
precisa ser interrompido durante o período das cheias.
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Cristiaini Kano1, Daniel Felipe de Oliveira Gentil2
1 Engenheira Agrônoma, pesquisadora da Embrapa Monitoramento por
Satélite. Campinas/SP. E-mail: cristiaini.kano@embrapa.br
Fonte:https://www.ecodebate.com.br/2017/02/21/cultivo-de-hortalicas-em-varzeas-amazonicas-uma-tecnica-tradicional-para-evitar-agua-e-umidade-por-cristiaini-kano-e-daniel-felipe-de-oliveira-gentil/
Fonte:https://www.ecodebate.com.br/2017/02/21/cultivo-de-hortalicas-em-varzeas-amazonicas-uma-tecnica-tradicional-para-evitar-agua-e-umidade-por-cristiaini-kano-e-daniel-felipe-de-oliveira-gentil/
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